quinta-feira, 27 de novembro de 2008

E se Obama fosse africano?

Por Mia Couto

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.

Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.

Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.

Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).

5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.

Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.

A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.

Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.

No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.

Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.

Jornal "SAVANA" – 14 de Novembro de 2008

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Uma aventura!

Venho desta vez contar-vos a história da minha viagem em trabalho que fiz a Burela, que fica na Galiza. Mas não é a Galiza ali logo ao passar da fronteira, é aquela longínqua para trás do sol posto, assim como quem diz que se situa a 50 Kms para lá das trevas. Há as trevas e anda-se mais um bocadinho e chegamos lá.

Burela é tão distante de tudo que nem hotel tem, o mais próximo fica a 20 kms numa terra chamada Viveiro. Os galegos têm na sua lingua enormes semelhanças com o português.

Fiz a reserva do hotel através da internet, tirei os dados como a morada etc e preparei a viatura alugada no próprio dia e a correr, mas quem quem se mexe bem... La fui com um Seat Leon 1.9 Tdi. Eram 19h30 em São Domingos de Rana.

Preparei a viatura a preceito ele era GPS, garrafa de água, leitor de mp3 (que o rádio do carro permitia essa modernice) e chocolatinho para morder. Planeei a viagem no GPS 838 kms... bolas! Pensei logo que isto levar um bocadinho ainda que eu tivesse avisado o hotel que ia chegar às 3 da manhã hora local.

Fiz o caminho sempre sem problemas e a andar a um bom ritmo, e só parei para reabastecer o carro na autoestrada entre Santiago de Compostela e Corunha, ou seja fiz 700 Kms o que é muito aceitável. Preço do Gasóleo a 0,945€... Comi uma sande de presunto e lá fui eu.

O meu querido amigo Nuno Costa já me tinha avisado, porque ele fez esta viagem de dia, que era uma estupada e que deveria dormir em Ferrol que dista 80 kms aproximadamente de Burela. Mas eu estava ainda a 50 kms de Ferrol sentia-me bem, estava a 90 kms do Hotel e andar para trás não me fazia qualquer sentido naquele momento ainda por cima ainda era 1 da manhã em Portugal 2 horas em Espanha tinha 1 hora para fazer 80 kms, na boa!

Lá saí da AE para uma estrada tipo IP com uma faixa para cada lado e uma terceira que está disponível nas subidas para ultrapassar os camiões. Até aí tudo bem, inclusivamente apanhei outra AE. Assim fui, passados alguns Kms a paisagem começa a mostrar uma Central Termoeléctrica Nuclear com 4 chaminés gigantes e uma 5ª mais estreita mas tão alta que temos mesmo que esticar bem o pescoço para ver o fim. O melhor estava a chegar: a AE não está acabada... e acaba mesmo ao lado da Central Termoeléctrica vou ter a uma rotunda com 3 saídas: Ir para a Central, ir por estrada para secundária sem indicação ou voltar para trás para Ferrol 30 Kms.

O tempo aqui estava agreste, vento muitas nuvens, alguns pontos de nevoeiro e o início de chuva, a famosa chuva molha parvos!

Olhei para o GPS e aí comecei a ficar preocupado... ele estava todo baralhado... dei 3 voltas à rotunda e ele mostrava cenários diferentes, decidi seguir pela AE para trás até à 1ª saída porque o GPS podia precisar de reecontrar caminhos. Lá fui fiz 5 kms para trás e o GPS sem problemas, dei a volta e regressei novamente a caminho da Central e do fim da AE, sempre a olhar para o GPS e aí fiquei muito preocupado porque o GPS seguia bem o caminho e de repente na tal rotunda parecia que lhe dava a travadinha e manda seguir por caminhos que não existiam ali. O que fazer? pedi para me dar um caminho alternativo e segui no sentido que me indicava embora sem ser pela estrada que informava ou seja pela tal estrada secundária. Até que lá voltou à normalidade e agora seguia numa estrada secundária, normal e bem sinalizada como todas as estradas em Espanha.

Até que passados uns 3 Kms O GPS indica uma saida para uma localidade, era uma aldeia e a estrada começou a encolher, a encolher até que estava a sair da aldeia para numa estrada no meio de vedações rurais em madeira, a passar ao lado de ovelhas, vacas e cabras e a estrada a encolher até que ainda me cruzei com um carro, aquele que viria a ser o último ser humano que iria ver em 65 Kms...

Depois desse carro a estrada ficou com a largura para apenas um carro. Aqui parei a tentar decidir o que fazer: voltar para trás só em marcha a trás, e tinho feito já umas curvas bem apertadas, tinha o depósito cheio, bateria no telm... bem logo se vê. Segui em frente, mais tarde percebi que estava a atravessar as trevas é que caiu um dos nevoeiros mais cerrados que enfrentei.

A partir daqui o meu cenário só piorou, a estrada começou cada vez mais a ser mais escabrosa, embora alcatroada passados alguns kms tinha musgo, e folhas caidas indicando que não passava ali carros à alguns meses, por vezes havia montinhos de terra que dever ter caido das rodas de um tractor e ali ficou e já tinha desenvolvido o tufo de erva, numa clara alusão de que a Natureza com o tempo tudo absorve. O GPS a indicar uns zig-zags loucos ora a subir ora a descer, não via nada à minha frente apenas a espaços, dos lados então...

A coisa começou a entrar em jeitos de filme de terror quando me deparei com cavalos selvagens, ou pelos menos à solta, mas não era 1 nem 2 cheguei a contar 15... Parei, aqui o nevoeiro era mais suave ou seja consegui ver alguns metros em frente, e deixei-os ir, a minha cabeça estava a mil, já ouvia musica em altos berros para me concentrar na estrada e lá continuei até ao momento divertido que foi encontrar uma égua e o potro no meio da estrada mas não podiam sair dela porque estavamos num caminho com parede dos dois lados. o que fiz? Andei para cima deles e começaram a fugir, dei por mim a persegui-los a 40 Kms/h até que encontraram uma fuga.

Sim isto foi divertido, ao pé do resto... Continuei pela estrada das trevas até me encontrar com uma silhueta que com o nevoeiro a tornou nem assustadora, cheguei a pensar em lobo mas era apenas um Pastor Alemão enorme. que não saiu da estrada, estava junto a uma casa. Tenho que dizer que de vez em quando via casas abandonadas, em escombros ou simplesmente fechadas pelo adiantado da hora. Mas o cão nem ladrou simplesmente meteu respeito e deixou-me ir com aquele a olhar de quem pensa o que este parvo andava a fazer ali àquela hora.

Ainda entrei numa estrada tipo IP com um nevoeiro que não via nada, mesmo nada e o GPS lá me enganou, porque já me tinha prometido a não me meter naqueles caminhos, e enviou de novo para a estrada do mato, desta vez não tinha animais, nem casas, nem cães mas tinha ainda mais o factor de abandono.

O meu receio nesta altura é que, como a costa dali é muito escarpada e a localidade para onde seguia era mesmo à beira-mar, a estrada fosse mesmo ao lado da costa e que a qualquer momento acabasse numa escarpa para o mar. O nevoeiro e a chuva nada ajudavam.

Lá segui até começar a ver as luzes da civilização mas ainda fiz 5 kms que me pareceram 50. Até que fui ao que parecia a saída dos fundos da cidade. E cheguei a uma rotunda marquei no GPS a morada do hotel, não conhecia... que bom 3 da manhã de Portugal 4 em Espanha que faço? Lá vi um simpático senhor de um reboque que me levou ao hotel.

No dia seguinte fui gozado pelos meus clientes e lá me ensinaram o caminho e que na rotunda da Central Termoelétrica deveria ter seguido na saida para a Central e daí pela estrada nacional que embora com mais 30 kms faria em menos 45 minutos...

De dia embora com chuva do que vi recomendo vivamente fazer uma viagem por todo o norte da Península Ibérica junto à costa, Já conheço esta parte da Galiza e junto a Gijón nas Astúrias e posso dizer que é lindo e que se come muito bem.

Obrigado e voltem Sempre! - Parte IV


Desde do jogo com a Albânia, que eu tinha perdido qualquer fé nesta selecção. Sim no início acreditei que iríamos ao Mundial, é aquela fé pateta de um adepto da sua selecção.

O jogo de Brasília foi uma vergonha para todos, principalmente para os jogadores que foram completamente humilhados. Mas é que a culpa não é só dos jogadores, num jogo que supostamente seria para levantar a moral da Selecção, fazer experiências como a de Dany, fazer patetices já anteriormente confirmadas como Ronaldo a ponta-de-lança e Paulo Ferreira a defesa esquerdo e outras alarvidades como Pepe que vem de uma lesão que o fez parar uns meses, não convocar nem Ricardo Carvalho nem Nuno Gomes...

Para além destes erros de palmatória o Sr. Seleccionador não é de todo um motivador de homens, que é a principal característica que o perfil deste cargo exige. Foi e talvez ainda seja muito bom a lidar com jovens, e é um excelente coordenador ou mesmo um treinador mas que não seja o centro da atenções.

No Manchester United Carlos Queiroz mostrou qual é a sua zona de conforto, ter um Fergunson o motivador e que dá o peito às balas e por trás a formiguinha trabalhadora que organiza treinos fantásticos, preparar todo o plano e organização desportiva. É esse o seu lugar por isso gostam tanto dele.

Deixo aqui o repto a Gilberto Madail para que deixe Carlos Queiroz voltar a fazer o que gosta...

Portugal agradece

terça-feira, 18 de novembro de 2008

FT

O Financial Times (FT) tem por costume avaliar o desempenho anual de cada Ministro das Finanças dos países de 19 países da UE.

Ora adivinhem lá em que lugar ficou o meu amigo, sim ainda não esqueci a nossa nacionalizaçãozinha, Teixeira dos Santos?

1º? Não, não foi melhor

2º? Também não, é curioso

10º? Nop

15º? Try again

19º? O Último? BINGO!!!!

Certamente ainda não terão considerado esta fantástica recuperação do tecido bancário nacional, nem da máquina do Estado passar a pagar com menos atraso, digamos a 483 meses.

Mas como o pior de todos? Não é justo! As nossas finanças estão tão organizadas, sabe melhor que todas as instituições de análise económica que vamos ter um crescimento do PIB 1,5%, não é Sr. Ministro?

Acho que o castigaram por causa da história da pen vazia, na entrega do Orçamento de Estado na Assembleia da República e do atraso da entrega do mesmo aos deputados da AR em que só no dia da discussão em plenário é que receberam o referido documento, bolas também é uma má vontade destes senhores do jornaleco FT.

Para que saibam o melhor Ministro das Finanças foi o da Finlândia.

Nacionalização

Exmos Srs governantes deste País:
No seguimento da conjectura nacional, proponho a nacionalização deste blog!!

Sim, estamos falidos e necessitamos com urgência de uma injecção de capital do governo... amigo Sócrates, contamos contigo!!

Nós por cá até nem nos importamos de fazer umas avaliações com 600 páginas ou de fazer redução de pessoal, precisamos é de pagar os salários em atraso e os subsídios de férias aos desgraçados dos funcionários (bem, na verdade sou eu e o Nelson, mas isto de gerenciar um blog dá uma trabalheira!!).

Se começaram no BPN e agora até as Pirites Alentejanas querem ser nacionalizadas, nós por cá pensamos que também temos direito.

Antecipadamente gratos pela atenção dispensada,

Os administradores do blog

Avaliação dos Professores

Penso não ser necessário andar aqui a explicar toda a situação, nem quero concordar ou discordar com o sistema da avaliações dos professores mais não seja porque não sei o suficiente sobre o assunto, nem sobre a carreira para opinar.

Mas existem ponto que são importantes para mim como por exemplo a necessiadade dos professores, como qualquer outra pessoa que exerce uma profissão no sector privado, serem avaliados, o facto da FENPROF, o maior sindicato dos professores ter negociado e aceite as condições do actual sistema de avaliações dos professores e ainda o facto que uma das questões apresentadas pelos professores ser a falta de tempo, quando os professores num normal horário de 35 horas semanais ter 14 horas para aulas e as restantes 21 horas para preparação de aulas e outras actividades relacionadas com as aulas.

Faz-me muita confusão como é que passados alguns meses vêm dar o dito por não dito e andar com manifestações, ao Sábado diga-se em abono da verdade, e ameaças de greves e de endurecimento de posições. Não entendo!

Além disso sabemos que muito professores têm tempo para dar explicações a horas que se tivessem que estar as supostas 35 horas no local de trabalho não poderia leccionar. O que me leva a crer que mexeram onde os professores não queriam, nas formas de receber ordenados extra.

Tal como não entendo a barafunda que vai no Ministério da Educação com Secretários de Estado virem dizer coisas horas depois de a Ministra ter dito precisamente o contrário, como por exemplo as avaliações só contarem para evolução na carreira 1º ser já a partir de 2009 e depois passar para 2013.

Organizem-se as partes porque para variar quem sofre são os miúdos nas escolas, que levam com estas posições dos professores que os fomentam a ter comportamentos vergonhosos como foi o caso daquele ataque com ovos à Ministra.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Censura

Gostava de explicar o post anterior: a autora estava descontrolada e a chorar compulsivamente. Por isso gostaria de pedir desculpa pelas cores e foto usadas, bem como pelo tom agressivo.

Como forma apaziguadora gostaria de informar a todos os Sportinguistas que gostam de passar a vista neste blog, de que se sentirem algum ressentimento quero que sintam que esta pedra deve ser guardada para a usarem no vosso castelo.

Sigam as palavras sábias de Fernando Pessoa. Tenham calma que eu compreendo a vossa dor.

Por isso confirmo então que esta foi uma notícia para promover o sangue na guelra que este blog precisa. E que a Inês ainda é desse clube que descende de dissidentes do Sport Lisboa, clube pai do Glorioso.

Desmentido

Venho por este meio revindicar o meu direito de resposta às acusações blasfémicas que o Sr. Nelo Marques proferiu contra a minha pessoa.

Só tenho uma coisa a dizer:

É MENTIRA!!!!!!!
Não sou, não tenciono ser e nem nunca serei desse clube encarnado que tem um pintainho como mascote!!!!!
Ouviste Nelo....
Já uma pessoa não pode andar a ver as compras de natal, que estes paparazzi do telemóvel não nos largam... é por estas e por outras que o Sr. da barba branca não te vai trazer nada este natal (mas nadinha mesmo, nem terás direito a uma filhozinha repassada!!).
Tenho dito!

Bem vinda

Gostaria de vos informar em 1ª mão de que a Inês se converteu ao Glorioso, depois destes últimos resultados não era de esperar outra coisa!

Reparem na cara de felicidade com que a nova benquista está a escolher o seu novo uniforme! Só este clube tem um camisola rosa onde permite à senhoras que se identificam com o clube mas acham o vermelho muito forte poderem ter um cor mais suave.

Neste momento na foto está também a escolher a camisola para o seu pequeno rebento, que Lar feliz vai ser a partir de agora.

Mais uma vez bem-vinda!!

Obrigado e voltem Sempre! - Parte III


Bem parece que já tenho rubrica, para escrever com assiduidade, Obrigado Sporting.

O tema desta semana é sobre uma nova receita da Bimby: Leãozinho à moda de Matosinhos.

É um receita para onze, que estou farto dessas receitas "panisgas" para números pares. É receita muito simples que fica fantástica para ser degustada neste período entre o pré-Natal.

Basicamente é arranjar onze leozinhos homogéneos, uns maiores e gordos e outros lingrinhas para quem gosta de roer ossinhos. Fazer um fumé de marisco, ver no livro da Bimby. Ter 11 Limões bem amargos e grandes lavados e inteiros.

Meter os leozinhos numa travessa de ir ao forno, bem arranjadinhos, colocar o fumé de marisco por cima e deixar assar bem durante 45 minutos e depois retirar durante 15 minutos e fazer como o leitão, deixar constipar a pele para ficar estaladiça.

Voltar a colocar no forno por mais 21 minutos e aqui dá-se o truque para termos este leozinhos bem cozinhados e saborosos, que é neste momento deve-se colocar um limão amargo no rabinho de cada leaozinho e deixar a assar por mais 24 minutos.

E Voilá temos um prato fabuloso com sabor a Mar que pode ser acompanhado com batata frita às rodelas e salada. Para beber recomendo um vinho tinto maduro do Douro, Cabeça de Burro por exemplo.

Esta receita foi-me enviada pelo Roberto Souza, que joga no Leixões e que ao que parece é já uma autoridade nacional neste prato.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O Natal - parte 1


Olá, olá!!

O Natal? A miúda está doida... ainda falta tanto tempo....

Pois é, mas já repararam que os preparativos este ano tendem a "esconder/dissimular" a conjectura de crise instalada??

Ele é ver as ruas enfeitadas, as lojas engalanadas, os intermináveis anuncios de brinquedos, os "Especiais de Natal", os intermináveis anuncios de brinquedos, as promoções de natal, os intermináveis anuncios de brinquedos (já tinha falado disto??), o filme sozinho em casa - parte 34...

E depois, a malta chega a Dezembro (que por acaso, até é mesmo o mês do Natal) e já está tudo farto do Natal...

Caramba, entretenham-se com o S. Martinho, comam a castanhinha e deixem lá a Natal.

MIGALHÃES

Lá vem pelo avelar
O filho do Zé João
Vem do centro escolar
Cansado de palmilhar
A caminho da povoação

Não há médico na aldeia
E a antiga escola fechou
Não tem carne para a ceia
Nem petróleo para a candeia
Porque o dinheiro acabou

O seu pai foi para França
Trabalhar na construção
E a mãe desta criança
Trabalha na vizinhança
Lavando pratos e chão

Mas o puto vem contente
Com o Migalhães na mão
E passa por toda a gente
Em alegria aparente
De quem já sabe a lição

Um senhor muito invulgar
Que chegou com mais senhores
Veio para visitar
O novo centro escolar
E dar os computadores

E lá vem o Joãozinho
No seu contínuo vaivém
Calcorreando o caminho
Desesperando sozinho
À espera da sua mãe

Neste país de papões
A troco de dois vinténs
Agravam-se as disfunções
O rico ganha milhões
E o pobre, Migalhães!

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Não sei quem é o autor, chegou-me assim.

A felicidade exige valentia


"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa


Estas palavras são simplesmente esmagadoras não são? Fernando Pessoa era e é (sim as palavras perpetuam-no) um pensador que me dá um prazer ler e reler. Por isso podem começar com as criticas mesmo que injustas, que se for um calhau para mim ,vou guarda-lo para usar no meu casarão.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cinema em casa

Para aqueles que têm colecções de filmes antigos ou recentes mas que por alguma razão os perderam ou os discos ficaram danificados, agora podem ir a um sitio na internet recuperar esse filme na versão original.

Lá têm as instruções para tudo desde como descarregar o filme da internet até como vê-lo, ainda assim se precisarem de ajuda é só perguntar aqui ao Je.

O sitio é este.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Taça


Este foi um fim-de-semana de Taça de Portugal, agora chamada de Taça de Portugal Millennium. Dos resultados nada de especial a salientar. Este meu tópico tem mais que ver com o jogo grande Sporting-Porto.

É daqueles jogos giros de se ver, em que não é como para o campeonato em que faço sempre umas contas e tal e lá calculo que é melhor perder este ou aquele ou empatarem etc, Não, na Taça só passa um, como dizia o nosso ex-selecionador, mata-mata. Por isso vejo estes jogos pelo prazer de ver futebol intenso como é de costume, é que a ver o SLB quero é ganhar nem que seja com um golo de pénalti mal assinalado no minuto 98.

Vi um jogo mais combativo que bem jogado, mais uma vez a constatação que este Porto é o pior dos últimos 3 ou 4 anos ou talvez mais, que o Sporting ainda tem muito que amadurecer no controlo do jogo e que se este é um árbito do melhor que há na arbitragem portuguesa eu sou um comunista e católico praticante devoto de Cristo e gay.

A 1ª parte foi praticamente toda do Sporting fizeram quase todas as despesas de ataque ainda assim ao intervalo os seus avançados tinham feito mais faltas que os restantes jogadores juntos... Não quero com isto dizer que o Porto foi ajudado visto que o árbitro errou escandalosamente para os dois lados, apenas que não acho normal que uma equipa que ataque tanto faça tanta falta atacante, mais ainda quando vemos o jogo e as faltas eram a queda fácil de jogadores adultos que caiem que nem crianças que estão a aprender a andar e que perdem o equilíbrio.

Ainda pensei que ao intervalo o homem acalmasse... Deves... De certeza que fumou qualquer coisa esquisita porque na 2ª parte eram os 22 jogadores dum lado e o árbitro e a sua equipa do outro. Pénaltis não assinalados contei 4, 2 para cada lado, expulsão incrível do Caneira que não tocou no Hulk, foi o Rui Patrício, e ainda por cima leva com o encosto de cabeça do jogador do Porto e o árbitro assistente, que deve sofrer de cataratas, conseguiu ver o que ninguém viu.

A partir daí foi o ver se te avias qualquer jogador que estivesse a um metro de um outro qualquer jogador que caisse por ter tropeçado na folha de relva levava cartão amarelo, que é para não ser parvo e estar ali a olhar e não ajudar o outro a levantar-se.

Quando o jogo ficou reduzido a 20 jogadores em campo, o Porto desistiu de ganhar e quis ir para pénaltis de uma forma tão evidente como chata, de resto o Porto não jogou para ganhar em momento algum. Incrível!

Nos pénaltis Helton o mal amado guarda-redes do Porto que teve a cara embrulhada, os 5 minutos de descanso, numa toalha verde(!!!!) defendeu 2 remates um do Gordo e outro do Abel (não, não é o famoso Guarda Abel).

E pronto lá vem o Jesualdo como toda a lata dizer que foram roubados e que o Porto jogou à Porto... seja isso lá o que for, talvez queira dizer com casos polémicos que estragam o prazer de ver bom futebol...

Razão tem Paulo Bento que com Tranquilidade vem dizer que a arbitragem em Portugal já mete nojo. É claro que a corja nojenta na APAF deve vir a correr defender o senhor atrasado mental e a sua equipa de cataratas com pernas com toda a Paixão pela profissão.

Vitória


Barack Hussein Obama ganhou merecidamente as eleições que tantas atenções despertou não só nos EUA, a olhando para a ida massiva da população às mesas de voto, como também em todo o mundo.

Tem Obama, nome chamado pelos amigos, agora uma tarefa brutal pela frente para satisfazer os seus eleitores: tem de colocar aquele país fora da rota da crise, criar mais e melhores condições sociais de apoio à saúde pública, livrar-se das trapalhadas nas relações externas criadas pelo cowboy.

Por outro lado o resto do mundo acredita acima de tudo que este fenómeno politico-mediático será no mínimo capaz de acalmar os ânimos no Médio Oriente para além de relançar a economia americana e com isso levar atrás a europeia e a asiática.

Foi uma vitória que me deixou satisfeito não só na vertente atrás referida mas também pelo facto do povo americano ter provado que não são um povo de estúpidos por terem reeleito Bush, nem que este é de todo o símbolo dos EUA ou que o canalizador Joe de McCain seja o americano comum.

Ainda assim apesar de feliz por tudo isto acho curioso que o presidente dos EUA se chame Barack Hussein Obama e ao mesmo tempo, a presidente da Libéria chamar-se Ellen Johnson-Sirleaf...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

'A minha próxima vida' por Woody Allen

Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voilà!
Acaba com um orgasmo!

Programa Familiar


Isto é que é! É mesmo entretenimento do bom!

domingo, 2 de novembro de 2008

"Programa Familiar" (ou então não...)

Hoje, no meu zap de fim de semana, deparei-me com o novo conceito da SIC de "programação familiar".


De que estou a falar???? Do programa da Lucy (leia-se Luciana Abreu)

Para os mais distraídos, a Lucy passou não há muito tempo pela capa (e interior) de uma revista masculina, mas agora apresenta um programa para criancinhas ao domingo de manhã.


Ora acontece que a parca roupinha que usou na produção fotografica da tal revista em muito se assemelha à roupita que usa para saltitar animadamente para a criançada...

E é neste ponto que se foca a minha ideia de "programa familiar", ou seja, enquanto as crianças aguardam pelos desenhos animados e pelos passatempos, os paizinhos podem "lavar a vista" com os biquinis que a apresentadora veste.....
E as mães???? Isso já não sei, porque não consegui ver tempo suficiente do dito programa!!

sábado, 1 de novembro de 2008

Acho que sim...

Recebi este e-mail à pouco, e resolvi partilhar convosco.... constato que devo estar a ficar louca (mas também acho que para a maioria isso já não é uma grande novidade!)
Aqui vai:
TU SABES QUE ESTÁS A FICAR LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO:
1. Envias um e-mail ou usas o GTalk para conversar com a pessoa que trabalha na secretária ao teu lado;
2. Usas o telemóvel na garagem de casa para pedir a alguém que te ajude a levar as compras;
3. Esqueces o telemóvel em casa (coisa que não tinhas há 10 anos atrás), ficas apavorado e voltas para buscá-lo;
4. Levantas-te pela manhã e quase que ligas o computador antes de tomar o café;
5. Conheces o significado de tb, qd, cmg, mm, dps, k, ...;
6. Não sabes o preço de um envelope comum;
7. A maioria das anedotas que conheces, recebeste por e-mail (e ainda por cima ris sózinho...);
8. Dizes o nome da tua empresa quando atendes ao telefone em tua própria casa (ou até mesmo o telemóvel!!);
Digitas o '0' para telefonar desde tua casa;
10. Vais para o trabalho quando está a amanhecer, voltas para casa quando anoitece de novo;
11. Quando o teu computador pára de funcionar, parece que foi o teu coração que parou;
11. Estás a ler esta lista e a concordar com a cabeça e a sorrir;
12. Estás a concordar tão interessado na leitura que nem reparaste que a lista não tem o número 9;
13. Retornaste à lista para verificar se era verdade que faltava o número 9 e nem viste que há dois números 11;
14. E AGORA ESTÁS A RIR DE TI MESMO!!!

Feliz modernidade!!
PS: Nelo, desta vez não há hiperligações nem fotos (lamento, mas não encontrei nenhuma adequada!!)

Esperança

Estamos a três dias das eleições nos EUA. A três dias daquelas, que a meu ver, são a eleições que podem mudar o curso da crise que para aí tem preocupado e efectivamente destruindo fortunas pessoais que estavam aplicadas com maior exposição ao risco. Fazendo ruir gigantes da Banca e dos Seguros Mundiais.

Estamos a três dias de uma nova era onde num país auto-apelidado de Livre, mas onde a segregação da raça e da religião impera e a tudo dificulta pode vir a ter um Presidente de uma Minoria.

Podem os Norte-Americanos pela primeira vez da história ter um negro na Casa Branca, e mais que isso, ter alguém cuja família à duas gerações atrás vivia, e ainda vive, numa típica aldeia do Quénia e com isso ter a verdadeira história do Sonho Americano.


Quem nunca ouviu um discurso de Barack Obama pode achar que estou para aqui a debitar coisas bonitas, mas a verdade é que o poder que este Homem tem em agarrar-nos até ao fim do que tem para dizer e de nos deixar motivados e crentes que "Yes We Can", é tal forma fabulosa até parece que sou dos states e que posso ir votar.