Tarde de domingo

No fim-de-semana grande rumámos até ao Alentejo, para uma visita à família que reside em Almodôvar.
A minha mãe recentemente adquiriu um jipe, e para quem conhece o sr. que mora comigo aqui em casa, isso significa uma voltinha trolaró a seguir ao almoço. E assim foi, a seguir ao almoço de domingo enfiámos 6 alminhas (Diogo incluído) dentro de um jipe (espero que os senhores da GNR local não sejam leitores deste blog) e fomos explorar as planícies alentejanas.
Chegados a um braço de uma barragem todos (à excepção desta amiga que vos escreve) acharam que uma boa ideia era atravessar para o lado oposto por dentro de água… estava bem de ver o que ia acontecer, assim que as roditas tocaram na água, voilá, enterrados quase até às portas!
Ligámos para o meu irmão João (rapaz cheio de amizades e, consequentemente, de recursos) a solicitar ajuda, e ele prontificou-se a fazer uns telefonemas.
Os cavaleiros que nos viriam salvar não tardaram a chegar, num carro ligeiro, de mini na mão e um deles a coxear (viemos depois a saber que o sr não tinha uma perna, coxeava por causa da prótese), que prontamente nos informaram que vinham só ver, que aquilo ia ser difícil, e que jipe não tinham (ah?!?!), portanto nada podiam fazer…
Ligámos para a seguradora que disse que não se responsabilizavam por danos fora de estrada (é negligência), ligámos para um reboque que disse que não ia para ali porque ia de certeza atolar o reboque (nahhh…. como assim?), e os bombeiros faziam o favor de nos ir desatolar, em troca de 300 eurinhos (sim, não me enganei nos zeros).
E ali estávamos nós, com uma criança pequena, a anoitecer (que é uma altura do dia em que fica frescote por aquelas bandas), sem comida, água, fraldas e sem hipótese de fazer fogo (estava a vegetação toda molhada).
Bom, para abreviar a história, o meu irmão lá achou que, se calhar, era melhor arranjar alguém com jipe e lá apareceu com uma alma caridosa, que após várias tentativas infrutíferas de rebocar o jipe, achou que o melhor seria levar-nos de boleia para casa (nota breve: eram já 20h00).
Em resumo, no dia seguinte, às 9 da matina, lá estava um tractor (por acaso, propriedade do sr da prótese, lol) para sacar o jipe do seu triste estacionamento.
Enfim, uma típica tarde domingueira em família…