sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Então aqui vai...

Esta é oficialmente a minha primeira reflexão neste blog (meeeedo!!), mas gostava de partilhar uma das lições que aprendi no meu local de trabalho (parece mentira, não é?!)

Para quem não sabe, eu trabalho com população adulta com deficiência mental, na àrea da Actividade Motora Adaptada. Ora, acontece que, ao longo do ano lectivo, costumamos participar em provas desportivas organizadas por instituições congéneres, que por norma atribuem no final da mesma um "prémio" aos participantes (que vai desde reforços alimentares, brindes que empresas facultam, etc.).

Deixem-me ressalvar que, apesar de terem o seu quê de competitivo, estas provas são essencialmente lúdicas, promovendo a interacção e o convivio entre os utentes das várias instituições.

E aqui é que a coisa se torna interessante... é que momento mais esperado por todos é o da entrega das medalhas de participação. E agora perguntam vocês: medalhas? então não era lúdico? Pois sim, mas para os nossos atletas, a medalha significa a recompensa pelo empenho que tiveram na sua participação naquela actividade, e o prémio máximo alcançado pela prática e treino que têm aqui conosco durante o resto do ano... E até aqui, nada de novo, não é??

E se vos disser que normalmente as medalhas são de cartão, gesso, pasta de papel... e que todos recebem medalhas iguais...

É aqui que me ponho a pensar que nós, por vezes, aplicamos o nosso esforço e damos o nosso melhor em busca da "medalha" de ouro, mas não devemos olhar para o valor efectivo da medalha, mas sim para o significado que ela tem para cada um de nós. E, sabendo que demos o nosso melhor, não nos devemos queixar pelo facto de a nossa medalha não ser a mais valiosa, apenas olhá-la pelo seu significado... significa que não deixámos de participar, independentemente das dificuldades que tenham surgido ao longo da "prova".

3 comentários:

Billy disse...

Bem-vinda, Inês! E que bem começaste!

Beijinhos!

Nelson disse...

Tens toda a razão parceira! Bom começo! Um começo profundo, digno de uma boa conversa com copos!

sweetland disse...

Continua amiga, tens jeito para a coisa e, que verdade escreveste.
Beijocas